quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NÓS SOMOS O OUTRO



Nós somos o outro

Não somos crianças inocentes vitimadas por um grande mundo malvado. Se nosso mundo é grande e mau, nós o fizemos dessa maneira. Isso é o que o Buda ensinou. O “outro” é um bicho-papão infantil, a projeção de nossos próprios medos em um objeto assustador de nossa imaginação, que nos aterroriza. Nossa ignorância é não ver que nós somos o outro. Não podemos nos permitir confundir inocência com essa ignorância.

A violência não é um objeto permanente, imutável e fixo. É um estado da mente, uma expressão da ignorância. Não tem mais solidez que uma nuvem. Não podemos lançar um ataque frontal na violência. Mesmo proteger a nós mesmos disso abastece sua existência de bicho-papão. Mas o Buda ensinou que podemos mudar.

Essa foi sua boa notícia: existe uma maneira de aliviar o sofrimento através da libertação de nossas mentes da cobiça, raiva e ignorância. Mas até que entendamos os modos como somos Oklahoma City, as bombas e os filhotes de ursos, as vítimas e os violadores, continuaremos a acusar os “outros”, sempre proclamando nossa inocência e fugindo de nossas responsabilidades.

Helen Tworkov, em “Tricycle: The Buddhist Review, Vol. V”
Tricycle’s Daily Dharma, 27 de setembro, 2007.

Tolerância e paciência

A fonte verdadeira de meu sofrimento é o auto-centramento: meu carro, minhas posses, meu bem-estar. Sem o auto-centramento, o sofrimento não surgiria. O que aconteceria no lugar disso?

É importante imaginar isso de modo completo e focar em seus próprios exemplos. Pense em algum infortúnio que te dá vontade de explodir, que faz surgir a raiva ou angústia. Então imagine como você reagiria sem sofrer. Reconheça que não precisamos vivenciar a angústia, muito menos a raiva, ressentimento e hostilidade. A escolha é sua.

Vamos continuar com um exemplo. Alguém bate em seu carro. O que precisa ser feito? Pegue os dados do outro motorista, registre a ocorrência, contate o seguro, lide com todos os detalhes. Simplesmente faça isso e aceite. Aceite com satisfação, como uma maneira de fortalecer sua mente, desenvolver paciência e a armadura da tolerância. Não há como se tornar um Buda, permanecendo inseguro e vulnerável.

A paciência não surge de repente como um bônus após a iluminação total. Faz parte de todo o processo do despertar desenvolver maior tolerância e equanimidade diante da adversidade. Shantideva, no sexto capítulo de seu “Caminho do Bodisatva”, eloquentemente aponta que não há como desenvolver paciência sem encontrar a adversidade, e que a paciência é indispensável para nosso próprio crescimento no caminho para a iluminação.

B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~)
“The Seven-Point Mind Training”

Paciência com ''inimigos''

Se não houvesse agressores ou causadores de danos, a paciência não surgiria. Ela aparece apenas na presença daqueles que nos atacam.

Assim, considerando que um inimigo é exatamente a causa absoluta para a prática da paciência, como é possível ser dito que um inimigo é um obstáculo para nosso mérito e virtude?

Não faz sentido, já que o primeiro fator causa o segundo. A ausência de inimigos é que impede o surgimento da paciência.

Kunzang Pelden

Compaixão Crucial:

Jigme Tromge Rinpoche (Índia, 1964 ~):

Cultivamos a compaixão na meditação ao nos colocarmos de fato no lugar dos seres que estão sofrendo. Para começar com um exemplo bastante ilustrativo, você pode imaginar a si mesmo como uma ovelha sendo arrastada pelo açougueiro em direção ao matadouro. É relativamente fácil entender a dor e o medo que o animal está passando ao sentir o cheiro do sangue dos outros animais abatidos e ao saber que ele está sendo conduzido para a própria morte.

Você poderá pensar: “Digamos que eu fosse uma ovelha que estivesse sendo desamparadamente arrastada em direção à própria morte, sem ninguém para me proteger ou me defender, com a porta do bardo se aproximando mais e mais à medida em que eu chego cada vez mais perto do matadouro. Como eu estaria me sentindo?”. Ao imaginar-se nessa posição, você ganha alguma empatia, alguma sensibilidade em relação ao sofrimento que aquele determinado ser está experienciando.

O valor de cultivar a compaixão na nossa meditação não deve ser subestimado. Um dos sutras afirma:

Se você deseja despertar para o estado búdico, não se preocupe com muitos Darmas; concentre-se em apenas um único Darma.

Que Darma é esse? A grande compaixão. Tudo se articula a partir dessa qualidade de compaixão. Essa é a medida do quanto ela é crucial para nossa prática.

“Mudança de perspectiva”





quarta-feira, 14 de agosto de 2013

OS PRAZOS DE VALIDADE




Tudo na vida tem prazo de validade.
Em alguns casos pode durar menos, outros mais, o fato é que chega o tempo em que a textura muda, o sabor termina, o doce azeda.
Se nem tudo vem com rótulo, cabe a nós discernirmos o tempo de cada coisa, interpretando os sinais de que, o que era bom, agora deixou de ser. Venceu.
O problema não é que as coisas estragam, mas a nossa incapacidade em perceber que o prazo venceu.
Profissões também vencem.
Se ao envelhecer, o sujeito continuar com as mesmas expectativas do tempo em que estudava, será um eterno estagiário.
É preciso realimentar as ambições, direcionando os passos a partir do último degrau galgado, não do primeiro.
Casais que esperam encontrar no passar dos anos exatamente os mesmos sentimentos dos primeiros dias, se decepcionarão.
A relação não ficou ruim, ela só mudou.
Tudo muda.
Saber disso, é andar consciente e, só para de caminhar, quem venceu todos os prazos.
Com o tempo, os prazos vencem, a vida muda de cor e o que fazia sentido perde o valor.
Mas é sempre assim.
Dê valor enquanto tem, entregue enquanto pode, mas, o dia em que o prazo vencer, não insista. Não lute contra ele.
Caminhe com gratidão, sabendo que deu seu melhor e que chegou onde deveria chegar, partindo em seguida para novos e melhores caminhos.
Depois dos prazos, novas contagens, novas estradas, novas possibilidades, renovação.
Para tudo há um prazo, cada coisa o seu tempo, o que começa , um dia acaba.
Sábios os que percebem.


Flávio Siqueira

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Espiritualidade e Religiosidade



por Roberto Dan - robertodantas@folha.com.br
Espiritualidade, dizem alguns, é o meu relacionamento com o mundo, com o outro, comigo e com Deus. Alguns dizem ser o cultivo da presença do espírito, outros que é a manifestação do espírito em nós... ou mesmo um estilo de viver, animado pelo espírito.
Espiritualidade é a maneira com a qual busco a Deus, e viver a espiritualidade é seguir o exemplo de Jesus Cristo, diria um Cristão. Viver de forma saudável, superando os momentos difíceis da vida, crescendo na fé e vivendo fiel a Deus, mas também existe uma espiritualidade para os budistas, islâmicos, pagãos, hindus. E qual seria a verdadeira espiritualidade?

Na verdade, não devemos misturar para não confundir a espiritualidade e a religiosidade. A religião é uma forma, um método de se conectar à Força Divina, que pode ser Alá, Deus, Grande Mãe, Deusa, enfim, dependendo de cada religião. A religião é um método para conseguirmos o "Re-Ligare", ou seja, o ligar-se novamente à essência Divina que é o Todo e da qual fazemos parte, pois dela fomos criados. A Religiosidade é como dizem alguns "uma janela para a espiritualidade".

Mas o que é a espiritualidade, então? No dicionário consta:

"s.f. Característica ou qualidade daquilo que é espiritual: a espiritualidade da alma. Tudo o que possa demonstrar ou ter fundamento religioso e espiritual. Que possui ou revela elevação, transcendência; sublimidade. Teologia. Prática, exercícios devotos que têm por objeto a vida espiritual: livro de espiritualidade. Religião. Característica do que demonstra devoção espiritual; religiosidade.  (Etm. espiritual + i + dade)".

Acredito que a espiritualidade é a consciência de que somos um fenômeno transcendente à vida concreta e material, ou seja, o homem não consegue explicar como veio ao mundo, como existe - de onde viemos e para onde vamos. Ter-se consciência de que há uma força maior que rege o universo, e do qual somos uma partícula mínima em meio às outras partículas com várias qualidades parecidas e muito diferentes das nossas, mas que juntos fazemos "funcionar" esse grande conglomerado de energias e entidades que é o Universo.

Viver em função desta consciência de que somos parte destas forças, as quais, muitas ainda nem conhecemos, mas que são percebidas o tempo todo em nosso cotidiano. Isso pra mim é espiritualidade.
Assim, não importa qual a religião escolhemos para seguir, para praticar. Esta escolha somente mostra a nossa empatia com ideias, conceitos e percepções específicas relativas à espiritualidade, que é diferente das vivenciadas em outras religiões, mas que também levam à espiritualidade.

Espiritualizar-se é adquirir a compreensão e vivência de que virtudes como: amor, respeito à vida, livre-arbítrio, verdade, beleza, bondade, liberdade, devem ser praticadas e mais que isso, vividas. É a busca do significado para nosso papel nos meios sociais nos quais vivemos: escola, trabalho, sociedade, família, buscando equilíbrio nestas várias dimensões, não se fixando em crenças e modelos fanáticos e materiais de cultos diversos.

A Espiritualidade não depende de rituais -estes são importantes para nosso psiquismo e nos religa aos aspectos simbólicos que nos alimenta enquanto seres psíquicos- mas é uma postura de vida, não levada ao fanatismo de proibições e regras materialistas, mas uma postura vivenciada na consciência do amor, da esperança, da confiança no Todo, na liberdade responsável, na igualdade pela fraternidade etc..

Segundo Frei Patricio Sciadini, "A busca da espiritualidade não pode prejudicar a ninguém, mas deve nos ajudar a ser cada vez mais livres da matéria e senhores do nossos instintos". O caminho da espiritualidade não deve ser egoísta, nem tampouco excessivamente "altruísta", deve sim, seguir um equilíbrio natural. Os instintos são os elementos que mais nos causam problemas na vida, caso não os controlemos. Ser escravo dos instintos é levar uma vida voltada aos desejos e, portanto, às drogas, ao sexo, sem regras e sem responsabilidade, à gula desenfreada.

O instinto pode nos controlar, se o deixarmos, e assim se manifesta de forma patológica com efeitos psíquicos como: obesidade pela compulsão, compulsões diversas: às drogas, ao sexo, à comida, a práticas que fazem mal a outros e a si mesmo. Assim, não ser escravo dos próprios instintos é importante, para que se tenha "liberdade".

"fostes chamados para a liberdade" (Carta de São Paulo aos Gálatas). 

A autêntica liberdade só é possível a quem se aventure no caminho espiritual. Esse caminho é o caminho do autoconhecimento, do reconhecimento das capacidades e limites de si mesmo e do outro com o qual nos relacionamos, seja ele humano, animal, vegetal, mineral, espiritual, enfim.
O exercício da liberdade requer responsabilidade e compromisso consigo e com o outro. Não visa buscar a felicidade a todo custo, mesmo que tenha que romper laços familiares, de amor, compromissos com o cônjuge - isso é egoísmo e não traz felicidade.

É possível viver a espiritualidade sem religiosidade? É uma pergunta difícil, pois cada um de nós, desde que busquemos nosso autoconhecimento, poderemos compreender nossos limites para exercer e viver a espiritualidade de forma independente de religiosidade. Os métodos -religiões- estão à disposição para vivermos através deles a verdadeira espiritualidade de forma profunda, basta nos entregarmos.
Roberto Dantas é terapeuta e espiritualista. Em seu trabalho, utiliza a técnica da Terapia Psico-Espiritualista Sistêmica, que se baseia na parapsicologia, na psicanálise e na espiritualidade para levar o cliente ao seu equilíbrio psico-físico-espiritual-energético, de forma sistêmica.
Fone: (11) 2619.1089, (11) 9-8298.0045, e-mail: rodavi@ig.com.br

terça-feira, 21 de maio de 2013

Auto-estima





Como é que se faz pra admirar essa pessoa que você vê no espelho?
A sua auto estima afeta diretamente tudo o que voce faz, afeta o seu trabalho, sua vida social, seus estudos.
Com uma boa auto-estima você mudará a forma como lida com seus colegas de trabalho, por exemplo, pois será mais confiante, saberá se colocar, não terá medo de fazer um pedido quando precisar. Se não tiver auto-estima e precisar de um colega para te cobrir no trabalho quando estiver cheio de serviço, seu tom de voz vai ser titubeante, e será possível que seu colega não te atenda justamente por você não conseguir se colocar de forma convincente quanto a sua necessidade.

Conseqüências da auto estima rebaixada


Sem auto-estima voce terá postura de corpo e de voz de uma pessoa sem valor. A consequência a médio e longo prazo é a instalação de um processo depressivo .
Em casa será a mesma coisa, o relacionamento com seu marido (namorado) sem auto estima não permitirá que você mostre o quanto é importante, por exemplo, fazer aquele programa que voce está querendo, ou deixar de fazer aquele programa ele está querendo mas que você não está quer. Quem não tem auto-estima se deixa levar pela vontade dos outros, porque não se gosta e mostra para os outros uma imagem de quem não merece ser gostado nem respeitado.
As suas reações no dia a dia são determinadas para sua auto-estima, se alguém lhe passou a frente na fila e voce não tem auto-estima, voce não conseguirá se posicionar e reclamar.
Se voce não tem auto estima não vai se sentir à vontade na academia quando for uma das poucas que está gordinha, claro que está gordinha, pois as outras pessoas estão lá há mais tempo, mas voce não se dá o direito nem de começar o seu exercício.
Se não tem auto estima não vai conseguir procurar um emprego, pois sua postura nas entrevistas será a de uma pessoa que não acredita que merece o tal emprego, e isso voce faz sem perceber, só se alguém te filmar e mostrar seu comportamento você verá uma pessoa com a postura corporal, facial, e tom de voz de quem não serve para aquele emprego. Como você quer que alguém lhe dê um emprego que nem voce acredita que merece?
Se não tem auto-estima voce vai pra aula (se você for estudante), mas não participa, não faz perguntas, morre de vergonha de ser voce mesmo.
Vai pra festa e não dança, "imagina... quem vai querer ver alguém como voce dançando”. Isso é que se passa na sua cabeça.
Ou seja, a auto estima pode determinar o seu fracasso ou sucesso como pessoa.
Avaliar sua auto estima é a dica pra você se conhecer, e conhecer o seu relacionamento com as outras pessoas também.


Auto estima x Transtornos emocionais


Encontramos questões referentes à auto-estima em toda dificuldade emocional. Se você pensar em cada transtorno emocional, depressão, ansiedade , síndrome do pânico , você verá em cada um destes transtornos a auto estima rebaixada. A falta de auto estima está evolvida em todas as dificuldades emocionais.
O depressivo não gosta de si mesmo, da sua vida, não considera que há nada de tão bom em si mesmo que lhe dê alegria de viver, ou seja, a auto estima está rebaixada.
Abuso de álcool , suicídio , violência, em cada um desses quadros tem auto-estima negativa envolvida.
Uma boa auto estima é extremamente importante pra voce ter uma vida satisfatória, legal, gostosa de ser vivida.


O que é auto-estima?



É o julgamento que voce faz de voce mesmo. É autoconfiança, auto-respeito e auto aceitação.
É a auto estima que determina se voce é capaz de dominar os problemas do dia a dia e sua capacidade de se respeitar e fazer valer os seus direitos e suas necessidades .
Auto estima é se sentir confiantemente adequado. É se sentir competente e merecedor .
Não ter auto-estima é se sentir inadequado, se sentir errado diante das pessoas e da vida. É Achar que não é capaz, não é competente, é se sentir errado como ser humano.
Auto estima é privilégio de poucos?
Todo mundo merece ter uma boa auto-estima, ser autoconfiante e ter auto-respeito. Por quê? Porque somos seres pensantes, e a própria capacidade de pensar é prova de que somos competentes, e só o fato de estarmos vivos é prova suficiente de que temos o direito de lutar pela felicidade.

O ideal seria que todos tivéssemos excelente auto-estima. Mas não é a realidade. Muitos se sentem inadequados, sentem medos, insegurança, culpa , um sentimento de não ser “suficiente”.

Muita gente nunca chega a ter uma visão positiva de si mesmo, pois fizeram julgamentos extremistas sobre si, foram severos demais consigo mesmos. Tem gente que consegue ser seu próprio carrasco, nem precisa de outras pessoas pra falarem mal dele, ele mesmo faz isso.

Não conheço ninguém que não seja capaz de desenvolver sua auto-estima, desenvolver a convicção de que é merecedor de viver com felicidade, e aí ter mais autoconfiança , mas inda assim não utiliza esta capacidade, e passa a vida com sentimentos de inferioridade.


Auto estima pra quê?



Quanto maior a auto-estima maior será a capacidade em lidar como os problemas. Quem nunca teve que lidar um rompimento de relacionamentos, com a solidão, com desemprego, com marido agressivo, com filhos que dão trabalho? A pessoa com sua auto-estima em alta conseguirá lidar com isso tudo de forma mais tranqüila.
Quanto mais flexível a pessoa for, mais resistente será à pressão, ao desespero, à derrota. Quanto mais a pessoa se valorizar mais conseguirá superar os problemas da vida.
Quanto maior a auto-estima, mais criativo, e quanto mais criativo mais chance de sucesso. Porque criatividade não serve só pra pintar quadros, serve pra pensar em alternativas pra vida.
Quanto mais você se aprovar mais gente na sua vida vai gostar de voce e mais relações saudáveis terá. Já viram aquela pessoa que todo mundo gosta, parece que atrai gente legal, que a apóia. Ela atrai gente legal porque está legal consigo mesma, porque tem vitalidade, é comunicativa.
Por outro lado, já notaram aquela pessoa que não trata ninguém com respeito, vá lá ver e voce encontra auto-estima negativa nesta pessoa.
Quem não gosta de si pode não saber lidar com as outras pessoas.


Autoconfiança


Auto estima é o que voce pensa sobre voce mesmo, não o que o outro pensa sobre voce.
Por isso auto estima é autoconfiança, é ser você a sua referencia, e não viver sob a referência do outro, do que o outro aprova ou não. Para quem tem boa auto-estima a aprovação do outro é conseqüência.
Pra voce que percebe que precisa melhorar sua auto-estima, pense em fazer sua terapia. Fazer psicoterapia com um psicólogo é igual a fazer regime, ás vezes a pessoa consegue fazer sozinha, mas outras precisam de um profissional, ou como fazer ginástica, voce pode ter alguém que te mostre a forma correta de fazer de fazer os exercícios.


A auto estima nasce com a pessoa?



Não, ela começa a ser construída na infância. Como? Quanto mais voce foi respeitado, amado, valorizado, encorajado a confiar em voce, mais probabilidade de ter construída sua auto-estima.
Você deve estar pensando: "Ahhh entendi porque não tenho auto-estima, a culpa foi dos meus pais que só me cobraram, me julgaram, não acreditaram em mim, e por isso eu sou o que sou, é por isso que tudo dá errado na minha vida, eu não tenho auto-estima porque meus pais não me ajudaram a ter uma".
Voce pode estar certo em parte, os pais podem influenciar mas você pode realizar sua mudanças em você mesmo. Não é certo pensar que está condenado a viver assim para o resto da  vida. Agora voce é adulto, e agora é com voce. Voce pode mudar todo esse quadro de sentimentos de auto-rebaixamento se trabalhar consciente e intencionalmente para isso.
Quando criança sua auto estima podia ser alimentada ou destruída pelos adultos. Mas voce está se construindo a cada dia, e agora a definição está em sua mão. Se ninguém pode respirar por voce, também não pode pensar por voce. Sua cabeça depende dos pensamentos que voce tem hoje, mesmo que idéias de auto-desvalorização tenham entrado em sua mente voce pode retirar isso. Se não está conseguindo sozinho, procure uma ajuda.Para isso existe o psicólogo , pra ser a sua força extra nessa jornada.
Uma vez alguém disse "se voce já leu dois livros de auto-ajuda e continua igual, então está na hora de procurar um psicólogo".


Auto estima interna


Uma coisa é certa, a auto estima deve ser construída dentro de voce. Ela não vem de fora. Voce pode ter pessoas que te amam, mas se voce não se amar não vai nem perceber que existe o amor dessas pessoas. Pode ser admirada pelos seus colegas, mas se voce não se admirar as palavras parecerão vazias, ocas. Voce pode ter uma imagem externa de muita segurança, todo mundo te acha o máximo, mas voce mesmo se achará uma fraude.
Já percebeu que os aplausos dos outros não vão te ajudar na melhoria da auto-estima? Voce ouvirá esses aplausos e pensará “eu engano bem, convenci todo mundo que eu sou bom”. Só não convenceu a voce mesmo.
Procurar auto-estima fora de si mesmo será um trabalho perdido. Estudar para ter um título, um cargo importante, fazer cirurgia plástica, casar, ter um filho, tudo isso vai te alegar por um tempo se voce não fizer por você, se dentro de voce não tiver uma valoração sua. Voce perde tempo e dinheiro procurando autoconfiança em tudo quanto é lugar, menos dentro de voce.
É bobagem considerar que vai melhorar a auto estima ao causar boa impressão para os outros, por exemplo casando porque a sociedade cobra casamento, correndo atrás de promoção, comprando um carro maior, fazer tudo isso para causar boa impressão para os outros. Isso só significa que voce se deixa levar pelo julgamento dos outros.
Se auto estima é confiança em si mesmo, então ninguém vai gerar essa confiança a não ser você mesmo.


Falsa auto estima


Sabe aquela pessoa que parece estar com a auto-estima lá em cima? Pode não se tratar de auto estima verdadeira. Para identificar veja se ela se compara ou compete com os outros. Se ela diz coisas assim “estou feliz porque fui promovido, e consegui antes do meu irmão”. Esta fala denuncia que ele está competindo com outro, isso não é auto-estima verdadeira, é fachada.
Ou, em outro exemplo, a garota que se diz muito feliz com a plástica que fez no nariz, diz que melhorou muito a sua auto-estima, porque agora “ficou mais bonita que as outras garotas do colégio”. Veja que ela está se comparando , isso não é auto-estima, é angustia. Ela está correndo, fugindo do desespero de se sentir pra trás. Não está procurando a felicidade, está fugindo da angustia, e a fuga é sempre desesperadora.
Quem diminui os outros apra se sentir maior não está desfrutando de boa auto-estima.
Tem gente que chama isso de excesso de auto-estima. Eu chamo de excesso auto-engano. Porque a pessoa não está tranqüila com sua conquista, não está simplesmente desfrutando da harmonia do momento, está sofrendo pra ser notado.

Infância

Falamos agora a pouco da influencia da infância na construção, ou destruição de nossa auto-estima. Muitas vezes a gente continua respondendo, agora mesmo sendo adulto, como se fosse aquela garotinha, ou garotinho inseguro, sem direito a nada, de falar, de fazer, de sair e brincar com outras crianças.
Mas tem o que fazer. O que devemos fazer agora é aprender a reestruturar essa criança que todo mundo tem dentro de si. Todo mundo carrega sua infância. Se voce rejeitar essa criança, por medo ou por vergonha, voce vai manter essa criança mal resolvida aprisionada dentro de voce e ela vai te atormentar para o resto da vida.
A criança que sofreu indignações, humilhações merece ser redimida. A criança que cresceu percebendo o mundo como um lugar perigoso, era perigoso se expressar, não tinha vez em casa, estavam sempre gritando com ela, ou a deixando de lado fazendo de conta que ela não estava ali, ou debochando dela, essa criança cresceu e virou um adulto que nem sabe como ou porque, mas está lidando com o mundo que tem agora como se fosse aquele mundo da infância, e isso não é justo pra ele, porque as conseqüências são muito negativas, pra ele em primeiro lugar.


Dicas pra obter mais auto-estima:


A primeira grande dica pra vencer a falta de auto estima é ter consciência . Consciência de quem voce é de verdade, do que voce foi um dia, e do que você é hoje. Voce precisa saber o que fazer saber que comportamentos devem mudar, e se perguntar: suas atitudes são resultado de sua intenção, ou voce continua só reagindo, reagindo ao que tem internamente em sua mente e nem sabe direito o que é... porque não tem consciência de si mesmo.
Ter consciência significa usar adequadamente sua capacidade de pensar, é isso que nos torna humanos, nossa capacidade de raciocinar, de nos conhecermos e agirmos conforme decidimos.
Usar a nossa consciência é sair do automático e passar a escolher. Temos o poder de escolha, podemos ser mais ou menos consciente, depende da nossa escolha.
Tem gente que tenta existir sem pensar, sem se auto avaliar, sem medir conseqüências.
Só existe, levanta da cama de manhã e vai pra vida como se fosse um robô, sem se perceber, sem se sentir.
Auto estima é resultado do que percebemos em nós mesmos, e a cada dia fazemos decisões de conduta, mil escolhas até de nível de consciência, escolhemos entre pensar e não pensar. E com o tempo voce vai estabelecendo que tipo de pessoa voce é. Dependendo da escolha que voce faz, voce estabelece sua integridade como ser humano.
Viver conscientemente significa que voce sabe exatamente as conseqüências de cada ato seu, as boas e as ruins, pra voce e para os outros.
É assumir a responsabilidade pela percepção de cada ato seu.
Ser consciente é estar de corpo e alma em cada coisa que voce faz, se voce tem um trabalho e se interessa nesse serviço, se interessa em ver sua empresa crescer, sente curiosidade em aprender... isso demonstra que voce está consciente do que faz e com certeza sua auto estima é boa. Mas... se voce vai para o trabalho só olhando no relógio contado os minutos pra voltar pra casa, voce não está consciente do seu trabalho, e com certeza a auto estima é muito ruim. A sua auto estima é conseqüência do quanto voce é consciente.


Como identificar a pessoa sem auto estima?


E se voce quer identificar uma pessoa sem auto estima pegue uma que vive dizendo que tem muito azar na vida, já ouviram alguém dizendo que nunca consegue um bom emprego? Olhe se essa pessoa é do tipo que nem entra no escritório e já faz as contas pra ver a hora de sair.
Ou, outro exemplo, é a pessoa que diz que nunca consegue um namorado decente. Vai olhar de perto e veja que essas mulheres sempre tiveram dicas de que cada homem com quem se envolveram não era a pessoa certa, mas ela se deixa enganar e quando vai ver está em outra enrascada. Ou seja, não vive conscientemente e claro não tem auto-estima.
E as pessoas que vivem levando o cano de todo mundo? Se não é na escola, é no trabalho, em todo lugar ela encontra alguém que lhe dá uma rasteira. Essa é aquela que não se dá o trabalho de olhar de frente pra cada uma das pessoas com quem ela convive, essas pessoas vivem levando o cano do mundo, e o pior, ainda se assustam quando levam uma rasteira porque não tem auto-estima.
Na realidade no mundo tem gente legal e gente que não é legal, porque será que algumas pessoas só se envolvem com as que não são legais? Ela não tem auto-estima e conseqüentemente não tem consciência do que está acontecendo a seu redor, e pronto, dali a pouco já estão admiradas porque levaram mais uma rasteira.
Perceberam que viver conscientemente é o que lhe proporciona auto-estima. Pode ser mais cansativo pensar, mas vale à pena. Ser mais racional, raciocinar, observar a vida e aprender com ela. Não ser consciente é fugir da realidade, e a conseqüência é colocar sua auto-estima lá embaixo.


Auto estima x Depressão


Muita gente marca consulta por causa de uma queixa que desaba a vida de qualquer um, a falta de vontade, o desanimo na vida.
Desanimo é medo de enfrentar e assumir os riscos adequados, é fugir para o confortável. Porque tudo na vida envolve algum risco, e quando voce fica assustado demais com a vida, tudo parece muito difícil, dá medo, e claro que a sensação vai ser a de desanimo.
Perceberam que ser consciente é ser independente intelectualmente , é pensar por voce mesmo, e quem pensa por si mesmo, que não se preocupa com o julgamento dos outros, não se preocupa porque está consciente do que faz e pensa, essa pessoa gosta de si mesma, tem auto-estima.
A gente pode, e deve, aprender uns com os outros, mas o importante é o entendimento e não só a repetição do que o outro faz ou pensa.
Quem tem auto-estima, é por conseqüência independente. Já perceberam que as pessoas que mais sofrem com baixa auto estima são as que mais se preocupam como que os outros pensam, quando estão sozinhas são de um jeito, podemos dizer normal, mas na frente dos outros elas travam totalmente, isso é a prova de que se incomodam demais com que pensam dela ou como a julgam. O medo do julgamento do outro é a base da falta de auto-estima.


Outra dica pra você construir sua auto-estima:


Auto aceitação


Quando falta a auto estima falta também a auto aceitação. Se aceitar não significa gostar de tudo o que há em voce, significa ser consciente do que é. Tem gente que, acha que se aceitar tudo em si mesmo, não vai querer mudar. Mas não é assim que funciona. Claro que se aceitando como é, voce pode querer mudar as coisas que não estão funcionado bem. Na realidade voce só muda se conseguir aceitar como é agora, se conseguir ver-se claramente, senão voce nem sabe o que deve ser mudado porque não consegue nem se enxergar.
Quer fazer um teste simples? Olhe-se no espelho de corpo inteiro e fique assim por um tempinho, é possível que voce se sinta desconfortável ao olhar para certas partes, o seu impulso vai ser tirar o olhar, isso é fugir, é repudiar a si mesmo, é não se aceitar, e como alguém poderia mudar essa parte se nem consegue tomar consciência dela? Ou seja, não aceita essa parte.
Aceitar é vivenciar sem negação, você pode querer mudar essa parte, mas só se aceitar que essa parte existe.
Voce não se sente motivado a mudar uma coisa que nega sua existência.
E isso vale pra tudo, não só para aceitar seu corpo.
Por exemplo, voce vai ter que fazer uma exposição do seu trabalho na sala de reunião da empresa, um grupo de pessoas vai estar lá pra te ouvir. E você começa a suar, sente medo e esse medo te faz ficar com vontade de fugir, quer mudar a data, quer colocar alguém no seu lugar, qualquer coisa pra não ter que falar na frente das pessoas. Se voce ficar dizendo pra si mesmo “não fique com medo” não vai adiantar nada, por quê? Porque voce está negando sua emoção, está negando o medo.
Aceite esse medo, aceite que ele existe, e converse com ele. O que ele te diz, o que esse medo diz que pode acontecer? Voce pode se tornar consciente de onde vem esse medo quando ele começou, e vai acabar se conscientizando de que esse medo não tem fundamento, aí sim voce vai vencê-lo.
Mas se voce não aceita-lo, fingir que o medo não existe não vai te levar a lugar nenhum. Quando voce reconhece o medo sua cabeça pára de fazer dele uma catástrofe e o medo deixa de ser seu dono.
Voce fica livre pra ver as pessoa e as situações como elas são. A autoconfiança e o auto-respeito aumentam.
Auto aceitação implica em aceitar seus sentimentos, inclusive os negativos, olhe eles de frente, o que sua insegurança, seu medo, sua raiva estão lhe dizendo, observe e converse com eles, aceite que eles existem e assim voce vai perceber que é mais fácil superar.
Quer ver um exemplo? Tem gente que não tem o pai, a mãe que gostaria de ter, e passa a vida tentando mudar o que não depende dele, é claro que é uma vida infeliz. É uma vida sem aceitação e sem auto-estima.
Quer uma mão na busca da sua auto-estima? Conte com nossa equipe de psicólogos.

http://www.marisapsicologa.com.br/auto-estima.html

segunda-feira, 11 de março de 2013

SIGNIFICADO DAS DOENÇAS




Difícil que alguém ainda não tenha ouvido falar em Louise Hay .

Mas, o fato é que ela afirma com conhecimento de causa que "todas as doenças que temos são criadas por nós. Somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo." 

Ela teve um câncer e se curou com afirmações positivas, mudanças de hábitos, de alimentação e uma atitude positiva diante da vida.

Louise diz que "todas as doenças têm origem num estado de não-perdão. Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.

A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, assim elaboradas. Reflita, vale a pena tentar evitá-las. Ao lado de algumas das doenças, coloquei observações minhas, bastante pessoais, sobre situações vividas relacionadas com os tópicos e que só há pouco tempo tomei consciência de como evitá-las. Falo sobre isso também em cada um dos comentários: 

DOENÇAS/CAUSAS

AMIGDALITE:
- Emoções reprimidas, criatividade sufocada. Quando criança fui a rainha da garganta inflamada. Tive garganta inflamada até os 24/25 anos. Depois, fiz um tratamento com uns comprimidos que o médico chamou de vacina, cujo nome não me lembro, e fiquei muitos anos sem a tal da dor de garganta. Fui ter dor de garganta novamente em 2004 ou 2005 quando tive um relacionamento com uma pessoa que me humilhou profundamente. Claro, fui eu que atraiu todas essa situação. Mas na época eu ainda não sabia. De lá pra cá nunca mais tive dores de garganta e quando surge uma ameaça eu já converso com ela e analiso o que foi que eu não falei? O que foi que eu engoli que não queria engolir? O que está entalado? E boto pra fora! A dor passa na hora!

ANOREXIA:
- Ódio ao externo de si mesmo.

APENDICITE:
- Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.

ARTERIOSCLEROSE:
- Resistência. Recusa em ver o bem.

ARTRITE:
- Crítica conservada por longo tempo.

ASMA:
- Sentimento contido, choro reprimido.

BRONQUITE:
- Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões.

CÂNCER:
- Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

COLESTEROL:
- Medo de aceitar a alegria.

DERRAME:
- Resistência. Rejeição à vida.

DIABETES:
- Tristeza profunda.

DIARRÉIA:
- Medo, rejeição, fuga.

DOR DE CABEÇA:
- Autocrítica, falta de autovalorização. Tive dores de cabeça a minha vida toda. Não sabia que estavam ligadas à minha baixa autoestima. Já faz muito tempo que não tenho e quando ela aparece procedo como no caso da dor de garganta. Ah! e, claro! Sou extremamente autocrítica!

DOR NOS JOELHOS:
- Medo de recomeçar, medo de seguir em frente. Pessoas que procuram apoiar se nos outros.

ENXAQUECA:
- Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

FIBROMAS:
- Alimentar mágoas causadas pelo parceiro (a).

FRIGIDEZ: -
- Medo. Negação do prazer.

GASTRITE:
- Incerteza profunda. Sensação de condenação.

HEMORRÓIDAS:
- Medo de prazos determinados. Raiva do passado. As minhas surgiram quando fiquei grávida da Raquel. Houve momentos que se manifestaram e me incomodaram um pouco. Mas há muitos anos aprendi a conviver com elas. Sim, odeio cumprimento de prazos. Faz parte do complexo paterno. E, sim, tenho raiva do passado. Claro, gente, isso tudo é inconsciente. Mas depois que a gente entende por que age dessa ou daquela maneira, por que seu corpo se manifesta desse ou daquele jeito, fica muito mais fácil.



HEPATITE:
- Raiva, ódio. Resistência a mudanças.

INSÔNIA:
- Medo, culpa.

LABIRINTITE:
- Medo de não estar no controle.

MENINGITE:
- Tumulto interior. Falta de apoio.

NÓDULOS:
- Ressentimento, frustração. Ego ferido.

PELE (ACNE):
- Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

PNEUMONIA:
- Desespero. Cansaço da vida.

PRESSÃO ALTA:
- Problema emocional duradouro não resolvido.

PRESSÃO BAIXA:
- Falta de amor quando criança. Derrotismo. Nossa, Tinha muita pressão baixa quando criança e adolescente. E, sim, não me sentia amada suficientemente.

PRISÃO DE VENTRE:
- Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente. No meu caso é sazonal e, sim, acontece em ocasiões de falta de grana.

PULMÕES:
- Medo de absorver a vida.

QUISTOS:
- Alimentar mágoa. Falsa evolução.

RESFRIADOS:
- Confusão mental, desordem, mágoas. São raros, hoje me dia, mas, claro, tive milhares ao longa da vida. E, sim, tiveram a ver com desordem, principalmente.

REUMATISMO:
- Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

RINITE ALÉRGICA:
- Congestão emocional. Culpa. Crença em perseguição.

RINS:
- Medo da crítica, do fracasso, desapontamento.

SINUSITE:
- Irritação com pessoa próxima. Minha primeira crise foi quando eu estava com 25 anos, mais ou menos, de segundo casamento novo e, sim várias coisas me irritavam na ocasião com pessoas muito próximas. Hoje em dia, é tiro e queda> Já sei identificar os motivos que me levam a ter pequenas crises de sinusite.


TIREÓIDE:
- Humilhação.

TUMORES:
- Alimentar mágoas. Acumular remorsos. Se valer pólipos, tem tudo a ver. Tirei alguns do meu endométrio em 2000. Mas eles começaram a surgir, ou pelo menos eu tomei conhecimento deles, quando fiquei grávida do Rafa, em 1995, mais ou menos.

ÚLCERAS:
- Medo. Crença de não ser bom o bastante.

VARIZES:
- Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado. Ah! surgiram silenciosamente quando eu tinha uns 30 anos. E, sim, com frequência me sinto sobrecarregada. Sorte que elas não aumentaram na proporção dos meus sentimentos de sobrecarga.

 Bom, nem todo mundo acredita nisso. Mas a coisa se processa mais ou menos assim: todos nós, quando crianças, não processamos bem algumas informações. Então, se essas informações nos provocaram emoções elas ficam gravadas no nosso subconsciente e se transformam em complexos, que podem ser de inferioridade, de poder (que compensa o de inferioridade), materno, paterno só para citar os piores. E aí, ao longo da nossa vida vamos vivendo ligados no piloto automático reagindo em vez de agir.

Quando surge alguma situação ou alguém que desperte em nós um desses complexos...pimba, reagimos defensivamente. claro, isso é natural. A própria psique engendra isso tudo e aí surgem os sonhos para nos ajudar a compensar os complexos trazendo símbolos para nos tranquilizar.

Se a pessoa fizer terapia, ela terá mais chances de elucidar essas questões e integrar esse lado escondido - tudo aquilo que foi negado na infância ou criticado ou reprimido vai pra sombra, ou seja, lá estão também os talentos, porque quando uma criança chega para o pai ou para a mãe, professor etc, e mostra um desenho e é ridicularizada ou criticada, aquele "talento" criativo é arquivado no lado escuro como uma coisa feia, inútil e isso acontece sempre acompanhado de alguma emoção como a raiva, por isso, fica gravado; se não houver emoção, não tem problema - e aceitar que possui "coisas feias" como a raiva por exemplo, a inveja, o orgulho, a soberba....mas igualmente descobrirá que a raiva tem seu lado positivo, a inveja e a soberba também e que tudo aquilo que condenaram em nós - e nós acreditando também passamos a condenar - pode ser usado a nosso favor.

Quando isso não acontece vira doença.

A emoção, se for negativa, contida, não elaborada, não trabalhada, vira doença. Reparem que Louise Hay associa as doenças a emoções negativas.

Na terapia, o psicoterapeuta está habilitado a ajudar e amparar o cliente para que ele acesse esses conteúdos, aceite-os e assim, possa transformá-los de carvão em diamante.

O mestre Jung dizia que "...em todos os casos....torna-se imprescindível uma certa reeducação e transformação da personalidade, pois se trata invariavelmente de uma evolução deficiente do indivíduo, que, em regra, remonta à infância." (1981 - Jung).

Portanto, caros, quanto antes procurarmos ajuda especializada menos sofrimento teremos no futuro.


sexta-feira, 8 de março de 2013

O que me incomoda no outro está em mim




"Na China antiga, um homem chamado Wong sentia-se hostilizado pelas pessoas da pequena aldeia onde morava. Um dia, o sr. Wong foi visitar o sábio da região e desabafou:

_Cumpro minha obrigações para com os deuses, sou um bom cidadão, um exemplar chefe de família, vivo praticando a caridade...Por que as pessoas não gostam de mim?

A resposta do mestre foi simples: embora o sr. Wong fosse caridoso, o seu rosto sério levava todos a uma conclusão diferente. Ainda que fosse muito rico, era pobre de alegria e cordialidade, e nunca sorria, apesar de sempre ajudar as pessoas.

O sábio deu ao sr. Wong uma máscara sorridente, que se ajustava perfeitamente ao seu rosto. Advertiu-o, entretanto, de que, se algum dia a tirasse do rosto, não conseguiria recolocá-la. No primeiro dia em que Wong saiu à rua, todos começaram a cumprimentá-lo e, em pouquíssimo tempo, já estava cheio de amigos. Mas, um dia, chegou à conclusão de que as pessoas não gostavam dele, mas da máscara, pensou: "É  preferível ser hostilizado a ser estimado por uma máscara falsa". Foi até o espelho e retirou a máscara sorridente. Mas que surpresa...O seu rosto tornara-se também sorridente, assumira as expressões e o sorriso da máscara....

O sr. Wong mudou sua face simplesmente porque começou a retribuir o que recebia. Isso remete-nos ao simples fato de que entre mim e o outro existe uma relação fina de troca, seja positiva, seja negativa, e ela é sem dúvida uma oportunidade de muito aprendizado.

Sempre que o leitor julgar alguém, sempre que se sentir irritado, ressentido com os defeitos do outro, deverá refletir: "Será que eu não tenho algo semelhante e estou com dificuldade de reconhecer isso em mim, sendo mais fácil acusar p outro?".


(Texto extraído do livro "Flua", de Louis Burlamaqui, 2011)


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ESPIRITISMO E TELEVISÃO




Você já foi a um estádio de futebol? Você já assistiu a uma partida razoavelmente importante? Então você já ouviu o canto, a manifestação da torcida. São milhares de pessoas, homens e mulheres, de todas as idades. Cada um com uma voz diferente. Volume, tom, timbre, cada voz com suas particularidades. Mas a voz da torcida é uma só. As vozes de todos, somadas, formam uma voz única, que é a voz da torcida.

O mesmo fenômeno acontece com os nossos pensamentos. Somos muitos bilhões de espíritos encarnados e desencarnados estagiando neste Planeta. Cada um  com um nível moral e intelectual diferente. Cada qual com seus conhecimentos e experiências. Ninguém pensa exatamente igual a ninguém. Mas a soma dos pensamentos de todos formam uma coisa só, uma espécie de massa psíquica que envolve a Terra.
Num jogo de futebol a torcida está unida em torno de um objetivo: Vencer a partida. Todos querem o mesmo, suas vozes se unem num mesmo canto, num mesmo grito.
Os meios de comunicação tem o poder de unir milhões de pessoas ao mesmo tempo em torno de uma ideia, de um fato, de um acontecimento. O que você acha que acontece quando a televisão fica transmitindo e acompanhando incessantemente uma tragédia? Televisão adora tragédias, nada prende tanto a audiência como uma tragédia escandalosa e sangrenta.
Você costuma acompanhar essas tragédias televisivas? Estupros, sequestros, crimes passionais, catástrofes e grandes acidentes? Você é do tipo que fica lamentando por não haver pena de morte para determinados criminosos? Você acompanha passo a passo as investigações, os detalhes sórdidos, os depoimentos desesperados?
Saiba que a sua atenção contribui para o desfecho do caso. Você se une a milhões de outras pessoas com pensamentos semelhantes aos seus, e a soma desses pensamentos interfere diretamente no andamento do fato. O sentimento propaga energia que alimenta a massa psíquica que esteja na mesma sintonia. A raiva e a tristeza que você emite, somados a outros milhões de sentimentos semelhantes, induz e estimula comportamentos coletivos.
Você é responsável pelos seus pensamentos. Pela Lei de atração, os pensamentos semelhantes se agrupam, e você tende a atrair pra você mais e mais pensamentos de mesma sintonia. Você sabe que tudo começa com o pensamento, ele é o ponto de partida de tudo o que existe. Não podemos menosprezar a sua importância.
O que você ganha acompanhando as tragédias televisivas? O que a televisão tem lhe oferecido de útil e construtivo? Você já percebeu como as pessoas andam assustadas e distantes da realidade espiritual? Você já se deu conta da irresponsabilidade que é acompanhar um sequestro em tempo real, irradiando pensamentos de medo e angústia? Você acha que o seu pensamento não tem nenhuma influência sobre o desfecho do caso?
A mesma coisa acontece quando ocorre uma catástrofe ou um acidente de grandes proporções. Você fica acompanhando o trabalho de resgate e o sofrimento das vítimas? Se você se sente de alguma forma envolvido no caso, por empatia ou compaixão, ore pelas pessoas, emita pensamentos positivos e pacificadores, peça mentalmente que as pessoas que estão desencarnando nessas condições consigam perceber o seu novo estado, que se conformem  com sua nova situação, que sejam bem recebidas no outro plano e que se adaptem o mais facilmente possível. Mas não fique alimentando a massa psíquica de angústia e dor.
 Se você já presenciou um acidente de trânsito, por exemplo, você sabe que os curiosos só atrapalham. Dificultam o salvamento, incomodam quem está com a vítima, tornam o ambiente tenso e pesado. Acompanhar à distância, pela televisão, também atrapalha. Você acha que a massa psíquica gerada pelos sentimentos negativos não atrapalha os espíritos desencarnados que trabalham no caso?
As pessoas cada vez mais sentem medo. Na maior parte das vezes, esse medo é injustificado. São pessoas que se deixam influenciar pelos noticiários sangrentos, são pessoas que acreditam que o crime as está rondando, que ao menor descuido uma tragédia pode acontecer. Hoje é comum que pessoas sejam diagnosticadas com o transtorno do pânico. Os especialistas dizem que há relatos de sintomas que remontam à Antiguidade, mas é inegável que se trata de uma doença moderna, como a depressão. Será que a massificação das tragédias proporcionada pela televisão não tem nada a ver com o crescimento dessa doença?
Não perca o seu precioso tempo em frente à televisão. Não aceite o que eles querem que você acredite que seja a verdade. Pense por você mesmo, analise por você mesmo. A vida não é o que eles mostram. Não vivemos num mar de rosas. Mas a cada um de nós basta o que a vida real tem a oferecer todos os dias. Ninguém precisa de mais problemas, de crimes e tragédias. Você trabalha em sua reforma íntima? Então esta na hora de tentar controlar os seus pensamentos. E com a televisão ligada pode não ser muito fácil…